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Iridologia e Medicina Chinesa

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HELAINE CRISTINA FIGUEIREDO
Artigo elaborado baseado em partes do Trabalho de Conclusão de Curso, Autora do artigo: Profa. Larissa A. Bachir Polloni – CETN

A Iridologia apresenta-se como mais uma opção de diagnóstico na medicina tradicional chinesa apontando órgãos enfraquecidos, conhecidos como “órgãos de choque”. Sabendo quais os órgãos mais fracos, o iridólogo/acupunturista trata e indica o profissional da área da saúde especialista no problema diagnosticado. Os sinais achados são geralmente comparados com gráfico que correlaciona zonas específicas da íris com porções específicas do corpo humano. De acordo com iridólogos, detalhes da íris supostamente refletem mudanças específicas nos tecidos e órgãos. Por exemplo, sinais de “inflamação aguda”, “inflamação crônica” e “catarral” correspondiam a “envolvimento”, “manutenção” ou “cura” correspondentes a zona da íris afetada. Outros sinais achados seriam os “anéis de contração” e “klumpenzellen” que, indicam outras condições.

Segundo a Medicina Chinesa, a prática de examinar os olhos e apontar quais males estão acometendo o individuo é feita a cerca de 5 mil anos. A acupuntura há muito tempo lança mão desse método para agregar dados a anamnese que antecede a prática do tratamento. No ano de 2009, no Brasil, Priscila Esteves e Maria Olanda Pereira uniram esses conhecimentos chineses com iridologia Alemã, propondo assim um sistema de irisdiagnose que mostra a Constituição Individual da pessoa e ainda a parte do organismo que precisa de mais atenção no momento da consulta, a fim de fazer os devidos encaminhamentos às especialidades médicas respectivas e indicar terapias complementares de acordo com recomendações multidisciplinar.

O EXAME DA ÍRIS: A iris de cada pessoa é singular e tão individual como uma impressão digital. A partir do estudo dos sinais da íris, é também possível descobrir previamente a causa principal de uma doença específica, que poderá vir a revelar-se mais tarde. É importante que o exame iridológico seja rápido, partindo-se do geral para o específico, ou seja, da constituição para as lesões específicas em cada órgão. O exame da íris deve ser feito inicialmente inspecionando a esclera de ambos os olhos, devido a inúmeras patologias que conduzem alterações em seus vasos e coloração, como doenças congestivas, doenças hepáticas. Seguindo com uma inspeção na integridade da pupila, relacionando sua alteração com o Sistema Nervoso Central (Simpático e Parassimpático), além de deformações anatômicas e na sua descentralização. Seguido destes exames, avaliar a disposição das fibras da íris e da sua coloração. Uma íris de constituição forte tem como característica fibras compactas sem relevos e com coloração uniforme e brilhante. Uma íris de constituição fraca apresenta fibras musculares irregulares, dispondo de formas e contornos em toda sua extensão, além de diferença na tonalidade. Após definida a constituição do indivíduo, devem ser examinados os detalhes, sempre da pupila para a periferia, localizando os órgãos primários: intestinos, pulmão, rim, fígado. Com o mapa em mãos devemos assinalar todos os sinais característicos de cada paciente, possibilitando uma prescrição adequada e um bom acompanhamento do tratamento. (MENEGHELLO, 1996).

FISIOPATOLOGIA DOS SINAIS IRIDOLÓGICOS: Ainda não há uma comprovação científica dos mecanismos que levam ao aparecimento dos sinais iridológicos que vão corresponder às alterações nos diferentes órgãos. Sendo estas alterações visualizadas através de uma representação topográfica na íris destes mesmos órgãos ou sistemas. (BATELLO, 1999). Medicamentos que não são expulsos pelos rins, pulmões, pele e intestinos apresentam-se na íris como matérias estranhas aos tecidos do corpo vivo, dificultando assim, os processos vitais, deprimindo a vida das células e obstruindo a livre circulação do sangue e dos fluidos fisiológicos. (ACHARÁN, 1999). Sabe-se que a íris está interconectada com cada um dos órgãos e tecidos do corpo por meio do cérebro e do sistema nervoso. (RAMIREZ, 1987).

É de conhecimento dos iridologistas que pacientes que sejam submetidos à anestesia geral ou bloqueio anestésico (peridural, local, raquianestesia), não registrem na íris os traumas que ocorrem durante o ato cirúrgico. E esta situação vem demonstrar o envolvimento dos tratos nervosos na condução dos estímulos, que registrariam na íris as alterações dos tecidos acometidos durante a cirurgia. Demonstrando, portanto, que o cérebro deixa de receber da parte anestesiada as informações dos traumas que nela estão ocorrendo. O processo vai ocorrer via nervo ciliar curto do III par craniano (nervo oculomotor), integrante do sistema nervoso parassimpático, e pelo nervo ciliar longo do sistema nervoso simpático. O que marca levemente as fibras da íris é a cicatrização por segunda intenção dos órgãos lesados, após cessarem os efeitos anestésicos. (BATELLO, 1999).

Estando, portanto, a íris relacionada com o gânglio cervical superior do sistema nervoso simpático e com o gânglio oftálmico do sistema nervoso parassimpático, ela vai estar em comunicação nervosa com todo o organismo, possibilitando que cheguem todas as impressões dos órgãos, exceto quando se interrompe a via nervosa, como no caso da anestesia. (BATELLO, 1999).

OS ESTÁGIOS EVOLUTIVOS EXPRESSOS NA ÍRIS: Através destes estágios teremos uma idéia do grau de profundidade e comprometimento de um ou mais órgãos, onde vai partir de uma condição ideal até uma etapa onde se detecta uma menor capacidade de reação de cura. Os estágios evolutivos são divididos em agudo, subagudo, crônico e degenerativo, conforme cada característica. Cada estágio vai ter sua característica própria determinada através da cor do sinal iridológico. (BATELLO, 1999).

Conforme os diferentes órgãos vão sofrendo um maior acometimento, o processo é simultaneamente registrado na íris, e esta vai sofrendo uma abertura, evidenciando as camadas subjacentes, e a coloração vai ficando cada vez mais escura. Portanto, quanto mais escuros forem os sinais, tanto mais refletem a distância e o grau de comprometimento do órgão ou órgãos representado(s) topograficamente na íris. (BATELLO, 1999).

Vários fatores podem aprofundar os estágios evolutivos, sendo o fator principal o fenômeno de supressão. A supressão é o desaparecimento dos sinais e sintomas sem que ocorra uma verdadeira cura, podendo ocorrer uma interiorização no próprio órgão ou tecido, podendo levar a metástase na região ou geral, levando a uma agravação no organismo como um todo. (BATELLO, 1999).

SINAIS IRIDOLÓGICOS: Os sinais iridológicos apresentam-se como manchas, descoramentos, esponjamentos do tecido iridal, desagregações de suas fibras, canaletas, e destruição de pontos ou zonas da íris. (ACHARÁN, 1999).

A cor da íris modificou-se devido às consequências das enfermidades crônicas em que vive a humanidade. As cores primitivas são o azul e o castanho-claro, como degeneração vieram as cores verde, castanho-amarelado ou escuro, até chegar ao negro que em geral, denuncia impurificação profunda do organismo. É comum encontrar íris com combinações de cores, íris mais clara na periferia ao redor da pupila, sendo estes casos, processos de desequilíbrio na temperatura do corpo, com inflamação, congestões generalizadas do tubo digestivo, anemia da pele e extremidades e estes estados indicam gravidade quando há uma nebulosa borda exterior da íris. (ACHARÁN, 1999).

As manchas na íris indicam acúmulo de substâncias estranhas numa região do corpo, e estas manchas podem variar desde uma cor esbranquiçada até a escura. Os descoramentos numa zona ou ponto da íris, geralmente são indicativos de anemia, podendo ser também resultado de degeneração devido a medicamentos. O esponjamento do tecido iridal, de forma palpável revela inflamação dos tecidos do órgão correspondente. A desagregação das fibras da íris revela uma tendência destrutiva de um processo inflamatório, num grau variável, é o prognóstico mais grave. Se a desagregação é não só ao longo das fibras, mas também a corta, indica um caráter destrutivo assumido pelo processo inflamatório. As canaletas, que são descobertas na íris de alguns doentes, sempre saem da zona digestiva e nos indica o caminho que tomaram as matérias gasosas, de natureza tóxica, e aparecem gravemente inflamadas, na área correspondente da íris. Os anéis nervosos, são círculos concêntricos na íris, indicam enfraquecimento deste sistema por intoxicação intestinal, apresentando-se sempre em conjunto com processos inflamatórios da área digestiva. Em processos de hipertermia, a íris apresenta-se com mais brilho, denunciando atividade orgânica, e nuvens claras que pouco a pouco desaparecem através de tratamento natural, o que vai favorecer a expulsão das matérias orgânicas tóxicas. (ACHARÁN, 1999).

CONCLUSÃO: O paciente geralmente fica muito satisfeito de ver confirmado fotograficamente os sinais de sua recuperação, isto o anima a continuar seu esforço no programa que está seguindo. A recuperação natural, por meio de acupuntura, exercícios, repouso adequado, ar puro e luz do sol, modificarão a química do corpo à medida que se acentuam os progressos da recuperação. A Iridologia não pretende identificar as doenças, talvez seja mais certo sugerir que o alvo da Iridologia é a identificação das causas de desequilíbrio do corpo – condições tissulares que assinalam a existência ou o potencial de desenvolver uma abordagem. Na sua Filosofia abrangente, a Iridologia está orientada para a saúde e não para a doença.

A Iridologia nos permite analisar o nível de saúde do organismo humano sem que haja um desequilíbrio aparente. Não precisamos depender de sintomas para determinar qual terapia será necessária para correção do estado de saúde. De mais a mais uma análise iridológica nem é invasiva, nem tóxica.

A Iridologia fornece um método de discriminação entre a crise de agravação e a crise de recuperação, predizendo quando a recuperação deve ocorrer. Serve bem como um suplemento a outras formas de análise holística e especialmente será complemento para as análises eletroquímicas por computador que atualmente estão sendo desenvolvidas.

A Iridologia é a única análise que retrata o inter-relacionamento de todos os sistemas do corpo humano e explica como isso contribui à gênese dos desequilíbrios orgânicos.

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