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Efeito da Auriculoterapia Francesa no tratamento da dor crônica musculoesquelética

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E finalmente, para participarem da pesquisa, foram considerados ainda, a disponibilidade de tempo e meios de transporte, aceitação da rotina de tratamento (a qual previa faltas somente com reposição de no máximo dois dias antes ou dois dias após a data marcada para a sessão), intenção de completar o tratamento e fornecimento do consentimento livre e esclarecimento em participar do estudo devidamente assinado.

3.3. MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS

3.4. PROTOCOLO TERAPÊUTICO

Antes de aceitarem participar do estudo, os pacientes receberam todas as informações sobre o método da Auriculoterapia Francesa como tratamento da dor crônica musculoesquelética e sobre os seus deveres e direitos durante todo o período do estudo, só então, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecimento (ANEXO I)

Após o paciente ter preenchido o termo de consentimento livre e esclarecimento, o terapeuta realizou o preenchimento da ficha de avaliação contendo os dados pessoais e anamnese do paciente (ANEXO II). Através da ficha de avaliação verificou-se a lateralidade do paciente, ou seja, se ele é dextro, canhoto ou canhoto contrariado, para efetuarmos o tratamento no pavilhão de lateralidade (NOGIER E BOUCINHAS, 2006).

3.4.1. Procedimento

Análise visual dos dois pavilhões auriculares para verificação de diferenças de coloração e deformidades a serem anotadas na ficha de avaliação;

Assepsia do pavilhão auricular de lateralidade com algodão embebido em álcool setenta por cento, para uso de agulhas semi-permanentes, sendo mais fácil mantê-las por mais tempo fixas no pavilhão auricular e também para evitar infecções;

Sabe-se que cada pessoa tem um formato de orelha diferente, sendo assim o terapeuta localizou os pontos através da sensibilidade à dor com o apalpador de pressão;

As agulhas semi-permanentes são descartáveis e puderam permanecer no local puncionado por até sete dias, usufruindo o tratamento durante todo esse tempo;

A seleção dos pontos auriculares utilizados foi baseada nos pontos posturais (captores posturais segundo BRICOT) e da própria região afetada segundo NOGIER.

Para este estudo, os pontos auriculares utilizados para controle e diminuição das dores crônicas musculoesqueléticas foram:

Pontos relacionados a região afetada pela dor: (foi puncionado somente um ponto deste em cada paciente, ou seja, somente o ponto correspondente a dor afetada)

Pontos dos captores posturais:

Foram detectados os pontos com o apalpador de pressão, cuja estimulação gerou dor à pressão ou criou certa depressão. Em casos onde observou-se mudez auricular (insensibilidade ou nenhuma dor à palpação), foi picado o ponto ZERO.

Puncionou-se, primeiramente, com as agulhas filiformes nos pontos Trigêmio, Quadril e Tálamo. Depois, o ponto referente á região afetada (Ciático, ou Ombro, ou Joelho, ou a região afetada da coluna vertebral). Aguardou-se de 15 a 20 minutos.

Para os pontos posturais (Olho, Maxilar e Calcanhar), foram colocadas as agulhas auriculares semi-permanentes, cobertas com micropore, onde permaneceram por um intervalo de 4 à 7 dias, desde que não houve sensação extrema de incômodo ou dor pulsátil espontânea, ao que o paciente foi orientado a fazer a retirada das mesmas.

Em alguns pacientes, de acordo com a preferência dos mesmos, foram puncionadas agulhas filiformes em todos os pontos, incluindo os captores posturais e estas foram todas retiradas após o término da sessão (15 a 20 minutos).

O tratamento foi constituído de quatro sessões de Auriculoterapia Francesa, as quais foram realizadas uma vez por semana. Antes de cada sessão, os pacientes foram orientados para retirada das agulhas semi-permanentes antes do último banho, para limpeza local e “descanso” do pavilhão auricular por algumas horas, pois a aplicação foi realizada no mesmo pavilhão de lateralidade.

Após a colocação das agulhas os pacientes foram instruídos a estimular os pontos dos captores posturais que permaneceram com as agulhas semi-permanentes, por dez pressões, três vezes ao dia, todos os dias. A importância da estimulação foi frizada durante cada sessão.

3.4.3. Análise dos dados

Os dados foram submetidos a uma análise estatística descritiva.

4. RESULTADOS

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6. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos com este estudo pode-se concluir que a técnica da Auriculoterapia Francesa mostrou-se muito eficaz para a diminuição das dores crônicas musculoesqueléticas. Apresentando altos índices de melhoras na escala da dor, chegando muito próximo ao Zero na Escala de Estimativa Numérica (Numeric Rating Scale – NRS).

Com estes, os objetivos específicos iniciais do estudo foram alcançados, visto que as dores musculoesqueléticas foram diminuídas consideravelmente, proporcionando aos pacientes portadores de dores musculoesqueléticas maior amplitude de movimento e uma melhor qualidade de vida com uma alternativa não medicamentosa para o tratamento.

A Auriculoterapia Francesa é uma técnica muito bem aceita, que em muitas ocasiões, é pouco considerada no controle das dores crônicas, por ser pouco conhecida no Brasil, apesar de oficializada pela Organização Mundial da Saúde, em Lyon, na França desde novembro de 1990 (NOGIER E BOUCINHAS, 2006).

O presente trabalho teve como fundamento promover a Auriculoterapia Francesa na população Brasileira e divulgá-la para o tratamento da dor crônica musculoesquelética como uma modalidade terapêutica alternativa aos tratamentos convencionais. Levando em conta, o insignificante percentual de contra-indicações e efeitos colaterais advindos desta técnica.

É uma técnica de fácil manejo e aplicação, e com ela têm-se resultados rápidos e eficientes. Podendo ser aplicada juntamente com a terapia medicamentosa já estabelecida ao tratamento, e muitas vezes, possibilita a diminuição da dose do medicamento analgésico, ou mesmo a retirada da medicação.

Com isso, tem-se a melhora na qualidade de vida do paciente, que sofre de dores crônicas e geralmente faz uso de grandes quantidades de medicamentos que, na maioria das vezes, são custosos, quando em uso prolongado e trazem efeitos colaterais indesejáveis.

Adaptado por profa. Brena Montanha.

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