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Sabia que há pontos nos pés que melhoram a saúde do corpo todo?

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Ao contrário das botas de Nancy Sinatra (a canção que foi um sucesso nos anos 60) os nossos pés não foram feitos só para andar. Também servem para serem mimados, massajados e pressionados. Com que objetivo? Além da sensação de bem-estar que daí advém, segundo a Medicina Tradicional Chinesa, é neles que se encontram pontos reflexo, ou seja, com correspondência aos órgãos e sistemas do nosso organismo que, devidamente manipulados, ajudam a restaurar a saúde e prevenir algumas doenças.

Cristina Martins, terapeuta formada pelo Instituto de Medicina Tradicional (IMT), explica: “É como se nos nossos pés exista um mapa, sendo que cada um representa cada lado do nosso corpo. Considerando este aspeto de lateralidade, ao pé esquerdo correspondem todos os órgãos, ou partes de órgãos, músculos, como o coração, baço ou pâncreas, sendo que ao pé direito correspondem igualmente todos os órgãos e estruturas desse mesmo lado, como por exemplo o fígado”.

Energias em alta

A reflexologia podal deve ser entendida como uma terapêutica energética, porque a pressão exercida nos pontos específicos do pé (onde se sente frequentemente alguma dor ou tensão) vai trabalhar precisamente o fluxo energético associado a determinado órgão ou sistema, com o intuito de estimular ou relaxar e de recuperar o seu bom funcionamento. As sessões têm a duração média de 45 minutos e, consoante os casos devem ser mantidos uma a duas vezes por semana.

No entanto, alerta a terapeuta, “não deve ser confundida com uma massagem aos pés, uma vez que esta última utiliza técnicas específicas de amassamento e fricção, que visam um efeito local na gestão da dor dos tecidos que formam o pé e não equilibrar pontos estratégicos do organismo”.

Benefícios e precauções

Maria da Graça, contabilista, aos 62 anos, sofreu um AVC há cerca de 20 meses. “Não estava à espera, porque sempre fui muito enérgica e saudável. Durante algum tempo fiquei completamente dependente de terceiros”, recorda. “Inevitavelmente comecei a deprimir”. Até que, após quase dois anos de reclusão, começou a fazer reflexologia duas vezes por semana, a par da fisioterapia. “Passaram seis meses e já me sinto quase a Maria da Graça que eu conhecia, sempre disposta a experimentar o melhor que vida tem para lhe trazer! “

Apesar de a contabilista não ser paciente de Cristina Martins, esta não se admira com as melhorias descritas. “É comum as pessoas procurarem-nos para ajudarmos no tratamento de estados depressivos, hipertensão, enxaqueca, nervosismo, stress, obstipação e dor ciática, entre outras patologias”, diz. Os sistemas respiratórios, circulatórios e músculo-esqueléticos também são particularmente beneficiados.

“O importante é saber que esta é uma terapêutica completar a um tratamento de neuropatia ou de medicina convencional, mas que não substitui qualquer uma. É por isso que na Fitoclinic onde faz tratamentos, existe sempre a possibilidade de fazer uma consulta de avaliação gratuita que serve para aferir qual a condição do estado de saúde do paciente e qual ou quais as terapias de que pode beneficiar, nunca esquecendo que estas trazem benefícios, mas não são aplicáveis a todos.

A reflexologia podal pode ser feita em crianças, cujos órgãos ainda estão em formação, sendo que esta estimula esse mesmo desenvolvimento. No caso de miúdos muito agitados, irritados e nervosos, também poderá ser útil no que toca ao relaxamento, tendendo mesmo a ser usada com cada vez mais frequência junto de crianças obesas para reduzir os níveis de ansiedade.

No caso das mulheres grávidas, o tratamento não é indicado por todos os terapeutas já que, segundo a Medicina Tradicional Chinesa, o estímulo gerado é forte e intenso, podendo acelerar o parto.

Agora já sabe: tem que escolher alguém que tenha conhecimentos técnicos e treino adequados para o efeito. De resto, muitos bons sonhos. Como os de uma paciente de Cristina Martins, que padecia de graves problemas de sono: “Logo após a primeira sessão começou a dormir melhor e hoje mantém um sono regular sem qualquer auxílio a medicação ou suplementação”.

Dá vontade de experimentar, não dá? Nós pelo menos queremos! E até já nos vemos a dançar!

Sara Raquel Silva

fonte: delas.pt

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