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Emprego da Acupuntura em casos de emergências hipertensivas na gestação

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Carlos Augusto Silveira de Souza

Artigo elaborado baseado em partes do Trabalho de Conclusão de Curso, Autora do artigo: Profa. Larissa A. Bachir Polloni – CETN

Os distúrbios hipertensivos são umas das complicações médicas de maior relevância durante o período gravídico-puerperal, que quando não são controlados podem evoluir com quadro de convulsão materna, acidente vascular cerebral, podendo ocorrer também descolamento prematuro da placenta, ocasionando hemorragia materna e óbito fetal intra-uterino. O presente estudo teve o objetivo de obter um método terapêutico de fácil aplicação, de baixo custo, pouco invasivo e com pequena possibilidade de causar efeitos adversos, para que possa ser utilizado na redução dos níveis pressóricos em gestantes que procuram os serviços de emergência de obstetrícia. Para tanto, buscou-se na Medicina Chinesa o método que se encaixa perfeitamente para este objetivo, dentre as técnicas terapêuticas escolheu-se a Acupuntura e dentro desta utilizou-se a auriculoterapia por ser um método de fácil aplicação.

As síndromes hipertensivas na gravidez podem ser divididas em 2 entidades:

Outras formas de hipertensão arterial podem também estar presentes na gestação: a hipertensão arterial crônica e hipertensão transitória.

A Doença Hipertensiva Especifica da Gestação compreende também outras formas clinicas:

Um dos principais objetivos do tratamento da doença hipertensiva especifica da gestação consiste em evitar sua evolução para eclampsia e as demais complicações materno fetais, como o descolamento prematuro da placenta, acidente vascular cerebral (AVC),edema agudo de pulmão, insuficiência renal, parto prematuro, morte materna e ou fetal.

A Eclampsia é a ocorrência de convulsões em pacientes com pré-eclampsia que não possam ser atribuídas a outras causas. Na eclampsia são encontrados os sinais e sintomas da pré-eclampsia grave associada a convulsão, seguida de coma. É potencialmente fatal se não tratada. A crise convulsiva pode desencadear-se durante a gestação no decurso do parto ou no puerpério. (Ruaro Filho, L.J. et al, 2010).

Já para a MTC a Hipertensão Arterial é causada pela desarmonia entre Yin e Yang do fígado e dos rins e também pode ser causada pela presença de umidade- calor ou mucosidade.(Maciocia, G, 2010). O quadro hipertensivo na gestação (após 20 semanas) é caracterizado pelo vento do fígado subindo quando existe um quadro anterior de deficiência de Yin do fígado e do rim. Frequentemente está em combinação com algum muco, que fica evidente se a paciente perde a consciência. (Maciocia, G.2000).

METODOLOGIA: Foram avaliadas gestantes que chegaram em Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Cotia com pressão arterial maior que 120X80 mmHg (valores aferidos nos membros superiores direito e esquerdo).

Constatado a hipertensão arterial, foi oferecido e solicitado permissão às pacientes para aplicação de Acupuntura/ Auriculoterapia para a diminuição dos níveis da pressão arterial.

Como técnica foi puncionado o ponto para hipertensão, localizado no bordo interno superior da fossa triangular, próximo ao bordo interno do hélix; utilizando agulha para acupuntura sistêmica 0,20X15.

Ao mesmo tempo realizou-se sangria no ápice da orelha. Aguardou-se cerca de 20 a 30 minutos e foi realizado nova aferição da pressão arterial, para comparação com a verificação inicial.

Conclusão: Pode-se concluir da observação clinica que a acupuntura apresenta um ótimo efeito, para o tratamento inicial da emergência hipertensiva em gestantes, em grande porcentagem dos casos observados.

Em algumas casos possibilitou a estabilização pressórica necessária para dar continuidade à instituição de tratamento medicamentoso, e a avaliação laboratorial. Em outros casos a estabilização pressórica permitiu que as pacientes fossem dispensadas do tratamento emergencial e orientadas a realizar acompanhamento ambulatorial.

Nos casos em que a acupuntura não obteve o efeito desejado, as paciente foram hospitalizadas, tendo sido instituído o tratamento clinico de rotina.

Na tabela 1 visualiza-se todos os resultados obtidos na pesquisa.

Na tabela 2 observou-se que em 61,5% dos casos, a auriculoterapia teve sucesso na diminuição dos níveis de pressão arterial. Em 15,4% dos casos ocorreu aumento da pressão arterial e, em 23,1% das pacientes avaliadas não houve alteração dos níveis da pressão arterial.

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